Real ou Ilusão ?

Segue aqui a minha visão sobre o tema do post anterior.

O que um esquizofrênico, como também qualquer um de nós, enxerga é o REAL, ninguém nunca provará que o que você vê existe, ou que não existe. O mundo que sentimos é o NOSSO mundo real. Não existe um mundo OBJETIVO, único, que é o mesmo pra todos. O que existe é o SEU mundo. Sabe aquela frase “cada cabeça um mundo”.

Então, o NOSSO mundo é formado DENTRO DE NÓS. Segundo a Neurologia o cérebro não vê diferença entre o que ele enxerga e o que pensamos: quando fechamos os olhos e pensamos numa pizza, o cérebro ativa os mesmos neurônios que se ativam quando VEMOS uma pizza.

Portanto, NÓS criamos o que vemos no mundo. Lá fora há o CAOS. Somos nós quem damos a ORDEM, mas fazemos isso dentro de nós. E fazemos isso de uma maneira particular. Por isso cada pessoa enxerga o mundo DO SEU PROPRIO JEITO.

Quando olhamos pra uma nuvem e enxergamos um coelhinho, NINGUÉM foi lá e moldou um coelhinho. As moléculas que compõe a nuvem estão todas desarrumadas e “jogadas” no céu. Você é quem ENXERGA um coelhinho. Ele não existe lá! Ele está em você.

E, por que seu amigo que estava ao seu lado olhou pra mesma nuvem, na mesma hora e viu um cisne!? O que te fez enxergar um coelhinho e o fez enxergar um cisne!?

O que te faz enxergar um coelhinho numa nuvem é a EMOÇÃO que você carrega consigo naquele instante. Você projeta emoções, como um projetor faz com a película dos filmes. Dá pra se notar isso fácil naqueles quadros abstratos (um fundo branco borrado de tinta preta) que vemos os psicólogos dos filmes mostrar aos pacientes perguntando o que eles vêem no quadro de imediato. Por que isso FALA sobre as emoções do paciente.

Não fazemos isso só com a nuvem, fazemos isso com TUDO. Projetamos em TUDO as nossas emoções.

Damos ORDEM ao CAOS e assim CRIAMOS o nosso mundo. Então, se a ILUSÃO é uma criação da nossa mente, não há diferença entre ela e o MUNDO REAL. Pois, ambos são criações nossas.

O que poderíamos tomar pra diferenciar os dois está na escolha: QUAL DELES EU ESCOLHO PRA VIVER!? Assim, o que chamamos MUNDO REAL é o mundo que CRIAMOS e que ESCOLHEMOS como nosso, pra viver. E é importante lembrar que ESCOLHEMOS a partir de nossas emoções.

Por isso é muito fácil escolhermos pra viver um MUNDO TRISTE, baseado em algo pessimista quando estamos pra baixo. Aí fica fácil de entender:

Precisamos de um MUNDO TRISTE E INJUSTO pra podermos JUSTIFICAR o MOTIVO pelo qual estamos tristes.

Então, do meu mundo só sei eu! E eu não sei do mundo de ninguém. E AINDA ASSIM AMAMOS, ODIAMOS e MANTEMOS RELAÇÕES sem nunca “nos tocarmos”.

O OUTRO (qualquer pessoa que não seja você), nunca mostra realmente ele, já que você o sente através da “interpretação” da sua cabeça. Então, nunca enxergamos o outro como ELE é. Mas como NÓS SOMOS. O outro é o nosso espelho. Sempre nos conta algo sobre nós mesmos.

Amamos o outro porque ele faz parte de nós. Assim, amamos o pedacinho de nós que PROJETAMOS nele. O odiamos também pelo mesmo motivo. Aliás, só enxergamos, sentimos, notamos (ou qualquer outro termo parecido), o que faz parte de nós. Algo que não faça parte de nós, sem notamos. Pois não projetamos em nada, pra poder enxergar de volta.

Então, qual a única coisa que posso afirmar que existe!? EU MESMO.

A partir daqui a história fica mais longa. É mais fácil olharmos e apontarmos para os outros do que pra nós mesmos. Como já vimos que o outro é o nosso espelho, quando falamos do outro estamos falando de nós mesmo e quando criticamos o outro estamos falando do que não aceitamos em nós (e projetamos nos outros, por que é mais fácil culpar o outro do que admitir que também somos assim).

É difícil nos aceitarmos quando nos descobrimos, não é verdade?! È mais fácil apontar pro outro, não é!? Mas a única “coisa” real é você mesmo. O caminho se estende em se descobrir, se aceitar, se amar...

Quer mudar o mundo!? Comece mudando uma “pequena grande” parte dele: você.

P.S.: Procurem e ouçam a música “EU ME AMO” do Ultraje A Rigor, ela fala bem mais que eu.

Por Ivan Lopes B. Neto.

“Um esquizofrênico vê alucinações!? Ou o que ele vê é real!?”

É o meu ponto de partida, a primeira pergunta do post anterior. Vos pergunto, o que você considera real? O que os olhos enxergam e os dedos sentem!? O que TODOS vêem e sentem?!

Se estas sozinho no teu quarto e escuta uma porta abrindo, do outro lado da casa; considera isso um acontecimento real, pelo fato de TER ESCUTADO a porta, ou não terias como provar nada, pois não havia ninguém pra confirmar o acontecido junto contigo?

Em resumo, para considerares algo como real, basta tomares conhecimento de algo, ou precisas da confirmação de alguém além de ti?

Para a Ciência, precisamos de algo concreto. Por isso a Ciência só prova as “coisas que existem”.

A Ciência nunca provará que o Pé-Grande não existe! Pois, só há ciência se houver DADOS. E neste caso não é possível relatar nada.

A Ciência não conseguiu detectar o Colega de classe, o agente da CIA e a menininha (sobrinha do colega), que John Nash afirma ver. Ele que é matemático e diagnosticado Esquizofrênico, e é retratado no filme “MENTE BRILHANTE”.

Como podemos ver no filme, ele enxerga, escuta, conversa, TOCA, SENTE. A única diferença é que, outros o convencem de que AQUILO NÃO È REAL.

Já se imaginaram na situação em que te prendem e dizem “esse que você diz ser seu melhor amigo não existe, estamos levando você pra se tratar e esquecer ele”. E você ter que se desfazer de todo o amor, de toda a relação que tem para com essa pessoa que você TEM CERTEZA de que está ali!?

Quando estamos em um sonho, tudo o que sentimos é uma ilusão!? Qual a diferença entre o sonhado e o observado (acordado)!?

Qual a diferença entre o sentir o cheiro de uma rosa e fechar os olhos lembrar-se, pensar no cheiro e o sentir!?

O que é real pra você!? O que VOCÊ sente ou o que os OUTROS sentem!? O que nos faz depender dos outros pra afirmar algo nosso!? Que insegurança em si mesmo é essa!? Temos tanto medo assim de afirmarmos o que sentimos?!

Responderei toda a minha visão sobre isso no próximo post (que já está escrito), mas antes gostaria de escutar o que pensam sobre isso. Ficarei muito grato com a discussão sobre o tema.